Politica de Privacidade
ESTRUTURA DE GESTÃO DE RISCOS DE PRIVACIDADE
PIPEK ADVOGADOS
- Definição de Papéis e Responsabilidades
1.1. Nomeação do Encarregado (DPO – Data Protection Officer)
- Documento: Termo de Nomeação do DPO com suas responsabilidades e qualificações.
1.2. Estabelecer um Comitê de Privacidade.
- Documento: Ata de Criação do Comitê e definição de membros.
- Avaliação de Risco de Privacidade (Privacy Impact Assessment – PIA)
2.1. Identificar todos os processos que envolvem dados pessoais.
- Documento: Lista de processos e categorias de dados pessoais tratados.
2.2. Avaliar riscos associados a cada processo.
- Documento: Relatório de Avaliação de Risco de Privacidade para cada processo.
- Políticas e Procedimentos de Privacidade
3.1. Criar ou revisar a Política de Privacidade e Proteção de Dados do escritório.
- Documento: Política de Privacidade atualizada.
3.2. Estabelecer procedimentos para direitos dos titulares (acesso, retificação, exclusão, etc.).
- Documento: Procedimentos para Atendimento dos Direitos dos Titulares.
- Formação e Conscientização
4.1. Criar um programa de treinamento em privacidade para todos os funcionários.
- Documento: Material de Treinamento e registro de participação dos funcionários.
- Processos de Resposta a Incidentes
5.1. Definir um processo claro de resposta a incidentes de segurança.
- Documento: Procedimento de Resposta a Incidentes e Formulário de Registro de Incidentes.
- Revisão e Monitoramento
6.1. Estabelecer uma frequência de revisão da avaliação de riscos e políticas.
- Documento: Calendário de Revisão de Privacidade.
- Acordos de Processamento
7.1. Certificar-se de que todos os prestadores de serviço e correspondentes tenham acordos que cumprem a LGPD e a GDPR (se aplicável).
- Documento: Modelos de Acordos de Processamento de Dados.
- Mecanismos de Auditoria
8.1. Implementar processos de auditoria regular para garantir a conformidade.
- Documento: Procedimento de Auditoria e Checklist de Conformidade com a LGPD.
- Revisão Legal
9.1. Avaliar as obrigações legais específicas relacionadas a processos judiciais e como eles se alinham à LGPD.
- Documento: Relatório de Conformidade Legal.
- Comunicação com Stakeholders
10.1. Estabelecer canais claros de comunicação com partes interessadas em relação a questões de privacidade.
- Documento: Diretrizes de Comunicação em Privacidade.
TRATATIVA DE INCIDENTES DE PRIVACIDADE
PIPEK ADVOGADOS
- Objetivo:
Estabelecer um processo estruturado e eficaz para gerenciar e responder a incidentes de privacidade, garantindo a conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e minimizando potenciais impactos adversos.
- Âmbito de Aplicação:
O presente procedimento se aplica a todos os colaboradores, prestadores de serviços, correspondentes e advogados, sejam sócios, associados ou sociedades unipessoais, que tenham acesso, manipule ou esteja envolvida no tratamento de dados pessoais no âmbito do escritório.
- Definições:
- Incidente de Privacidade: Evento não planejado que resulta em acesso não autorizado, divulgação, alteração, destruição ou perda de dados pessoais.
- Equipe de Resposta: Grupo multidisciplinar designado para gerir incidentes, incluindo membros da área jurídica, TI, e comunicação.
- Procedimentos:
4.1. Detecção e Reporte:
- Responsabilidade de Reporte: Todo membro da organização, incluindo temporários, terceirizados e prestadores de serviço, tem o dever de reportar incidentes. Essa responsabilidade deve ser claramente comunicada durante processos de integração e treinamentos.
- Mecanismos de Detecção: Implementar soluções de detecção, como sistemas de detecção de intrusões (IDS) e soluções de monitoramento de segurança que gerem alertas automáticos diante de atividades suspeitas.
- Canais de Comunicação: Estabelecer canais claros e acessíveis para reportar incidentes, como linhas diretas, e-mails específicos e formulários online.
- Treinamento: Realizar treinamentos periódicos para que os funcionários reconheçam sinais de possíveis incidentes de segurança e saibam como e quando reportar.
4.2. Avaliação Inicial:
- Critérios de Avaliação: Além da gravidade, avaliar o tipo de dados envolvidos, o número de pessoas afetadas e o potencial impacto reputacional.
- Equipe de Avaliação: A equipe deve ser multidisciplinar, envolvendo especialistas em segurança da informação, jurídicos e comunicação, para uma avaliação holística.
- Documentação: Criar um registro detalhado do incidente, incluindo data, hora, quem reportou, natureza do incidente, dados envolvidos e ações iniciais tomadas.
4.3. Contenção:
- Resposta Rápida: Estabelecer uma equipe de resposta rápida que possa ser mobilizada imediatamente após a detecção do incidente.
- Backup de Evidências: Antes de qualquer alteração, faça cópias de segurança de todos os sistemas afetados para análise forense posterior.
- Planos de Contingência: Ter planos pré-definidos para diferentes cenários de incidentes, permitindo uma ação rápida e eficaz.
4.4. Investigação e Análise:
- Ferramentas Forenses: Utilizar ferramentas apropriadas para coletar e analisar evidências sem comprometer sua integridade.
- Especialistas Externos: Em casos complexos, considere contratar especialistas externos em análise forense.
- Relatório Detalhado: Este relatório deve incluir cronologia dos eventos, métodos de ataque, vulnerabilidades exploradas, dados comprometidos e recomendações para evitar incidentes futuros. Recomenda-se a utilização do modelo disponibilizado pela ANPD
4.5. Notificação À ANPD e aos Titulares:
- Comunicação Clara: As notificações devem ser claras, transparentes e em linguagem acessível, evitando termos técnicos complicados.
- Informações Relevantes: Incluir o que aconteceu, quais dados foram afetados, quais as consequências, o que a organização está fazendo a respeito e como os indivíduos podem se proteger.
- Consultoria Jurídica: Antes de enviar qualquer notificação, consulte a equipe jurídica para garantir que todas as obrigações legais estão sendo atendidas.
4.6. Mitigação e Recuperação:
- Plano de Ação: Estabelecer um plano de ação específico para cada tipo de incidente, levando em consideração o tipo de dado comprometido, a quantidade de titulares afetados e a natureza do incidente.
- Recuperação de Dados: Caso haja perda de dados, inicie a recuperação a partir dos backups mais recentes, assegurando-se de que esses backups não estejam comprometidos. Verifique a integridade dos dados recuperados.
- Remediação de Vulnerabilidades: Identifique e corrija as vulnerabilidades que causaram o incidente, seja por meio de atualizações de software, mudanças de configuração ou revisões de processos. Conduza testes de penetração ou auditorias para confirmar a resolução eficaz das falhas.
- Comunicação Interna: Informe os departamentos e equipes relevantes sobre o status da mitigação e recuperação, garantindo que todos estejam cientes das ações tomadas e de quaisquer implicações para suas operações.
4.7. Revisão Pós-Incidente:
- Análise Crítica: Convoque a equipe multidisciplinar para uma sessão de revisão pós-incidente. O objetivo é avaliar o que funcionou, o que não funcionou e por quê.
- Feedback dos Envolvidos: Colete feedback de todas as partes envolvidas na gestão do incidente. Isso inclui equipes de TI, jurídica, comunicação, entre outros.
- Relatório Detalhado: Prepare um relatório detalhado do incidente, incluindo cronologia, causas identificadas, ações tomadas e resultados. Esse relatório deve ser arquivado e estar disponível para revisões futuras ou inspeções regulatórias.
- Recomendações de Melhoria: Com base na análise crítica e feedback, liste recomendações específicas para melhorar a prevenção, detecção e resposta a incidentes futuros.
Com base na LGPD e nas melhores práticas de segurança da informação e proteção de dados, o item 5, “Treinamento e Conscientização”, pode ser aprimorado da seguinte forma:
- Treinamento e Conscientização:
5.1. Programa Contínuo de Conscientização: Estabelecer um programa contínuo de treinamento e conscientização em proteção de dados pessoais e segurança da informação, visando garantir a atualização contínua de todos os envolvidos frente às mudanças de cenário, riscos emergentes e atualizações legais.
5.1.1. Frequência de Sessões: Realizar sessões de treinamento a cada 6 meses, ou em menor intervalo se necessário, especialmente após a atualização de políticas, procedimentos ou em caso de incidentes relevantes.
5.1.2. Público-alvo Específico: Os treinamentos devem ser segmentados de acordo com a função e nível de acesso à informação do participante, garantindo que cada indivíduo receba instruções relevantes para sua função e responsabilidades.
5.1.3. Conteúdo Atualizado: Garantir que o conteúdo do treinamento reflita as últimas atualizações da LGPD, bem como outras legislações aplicáveis, e incorpore as melhores práticas do mercado.
5.1.4. Métodos Interativos: Utilizar métodos interativos, como simulações e cenários práticos, para melhor engajamento e compreensão do público.
5.1.5. Avaliação e Feedback: Ao final de cada sessão, realizar uma avaliação para medir a compreensão dos participantes sobre o conteúdo apresentado e coletar feedback para aprimoramento contínuo.
5.1.6. Documentação e Registro: Manter um registro detalhado de todos os treinamentos realizados, incluindo datas, participantes, conteúdos abordados e resultados das avaliações, para fins de auditoria e comprovação de conformidade com a LGPD.
5.1.7. Recursos Digitais: Considerar a implementação de plataformas de e-learning para facilitar o acesso e a frequência de treinamentos, permitindo maior flexibilidade aos colaboradores e garantindo cobertura mais ampla.
5.1.8. Alertas e Comunicações: Estabelecer uma rotina de comunicações e alertas periódicos sobre questões de segurança e proteção de dados, reforçando a importância da conscientização no dia a dia e promovendo uma cultura de proteção de dados na organização.
- Monitoramento e Atualização:
- Rever o procedimento trimestralmente, ou sempre que houver mudanças significativas no ambiente tecnológico, operacional ou legal da organização. Adicionalmente, uma revisão é necessária imediatamente após cada incidente significativo.
- Estabelecer um comitê de revisão composto por representantes das áreas jurídica, de segurança da informação e de operações para garantir que todas as perspectivas sejam consideradas na revisão.
- Monitorar proativamente as alterações legais relacionadas à proteção de dados e segurança da informação para garantir a conformidade contínua com a LGPD e outras legislações relevantes.
- Participar de fóruns e grupos de discussão especializados para se manter atualizado quanto às melhores práticas e tendências na gestão de incidentes de segurança.
- Documentação e Registro:
- Manter registros detalhados de todos os incidentes, incluindo a natureza do incidente, os dados pessoais afetados, as medidas tomadas para conter e remediar o incidente, e todas as comunicações relacionadas ao incidente.
- Assegurar que os registros de incidentes sejam mantidos de forma segura, criptografada e acessível apenas a indivíduos autorizados, para proteger a integridade e confidencialidade das informações.
- Estabelecer um prazo de retenção para os registros de incidentes, levando em consideração as obrigações legais e regulatórias, bem como as necessidades operacionais da organização.
- Documentar todos os processos e procedimentos de revisão, incluindo as datas, os participantes e as mudanças recomendadas e implementadas.
- Estabelecer uma trilha de auditoria robusta para todos os registros, garantindo transparência e responsabilidade em relação à gestão de incidentes.